Para ser um novo alguém depois de um sofrimento aparentemente interminável, você deve ter certeza de que esse sofrimento findou.
Será estranho quando perceber que está bem. Não tem mais vontade de chorar com qualquer música romântica. Tem vontade de tomar café da manhã, almoçar e jantar. Sai da cama com pouco esforço. Olha para o espelho e vê alguém novo.
O bom disso tudo é perceber-se amadurecido. Perceber que cresceu e que isso é legal.
Foi legal passar por tudo aquilo? Foi legal ter aprendido com a tristeza, muitas vezes infernal? Foi muito legal!
Você passa a dar mais valor tanto ao riso quanto à lágrima. Esses são dois remédios que curam mil sintomas. Não é bom desperdiçá-los com qualquer bobagem, com qualquer pessoa, com aquelas futilidades.
O perigo agora sempre nos ronda. As pessoas são o perigo. Mas não ficamos paranoicos, viramos realistas, abrimos nossos olhos. Alguém que deixa a ingenuidade para trás (não toda ela) e vê que isso faz bem a nós mesmos. O ruim é perceber que as pessoas mudam, que elas nem sempre são do jeito que pensamos, nem sempre serão o que mostram ser, mas é sempre assim.
Para ser um novo alguém, basta um click. Basta uma esperança na vida da gente: a de que tudo vai dar certo! Se não deu certo, é porque ainda não terminou. Eu sei, isso é piegas, mas a pieguice traduz e sempre traduzirá o comportamento do ser humano, porque nós nunca mudamos. Somos aquela mesma frase de sempre. Temos mil faces e resolvemos mostrar a nossa melhor 24 horas por dia. As outras aparecem de metidas.
Enfim, para ser um novo alguém, basta pouco. Um grão de areia, um fio de cabelo, um beijo e um abraço, um novo dia. E para ser um alguém melhor, basta metade disto.
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